Capital da Síria assistiu este domingo aos combates mais violentos desde o início da revolta popular, em março do ano passado. Vários bairros foram bombardeados com tiros de morteiro disparados pelas forças militares do governo
Capital da Síria assistiu este domingo aos combates mais violentos desde o início da revolta popular, em março do ano passado. Vários bairros foram bombardeados com tiros de morteiro disparados pelas forças militares do governo as grossas colunas de fumo que se ergueram no céu de Damasco e as fortes explosões sentidas em vários bairros foram apenas alguns dos efeitos dos violentos combates registados domingo, na capital da Síria. Em declarações à agência France Presse, Rami abdel Rahmane, diretor do Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH), disse que os confrontos nunca tinham atingido esta intensidade, desde que se iniciou a revolta popular no país. O exército regular lançou tiros de morteiro contra diversos bairros onde se encontravam combatentes rebeldes do Exército Sírio Livre (ESL), afirmou Rahmane, adiantando que os casos mais complicados ocorreram nos bairros de Tadamone, Kafar Soussé, Nahr aicha, Sidi Qadad e al-Kaddad. as forças governamentais tentaram retomar o controlo daquelas zonas habitacionais, sem o conseguirem. Reagindo às acusações das Nações Unidas, um porta-voz do governo da Síria negou a utilização de helicópteros e artilharia pesada no ataque ao povoado de Treimsa, na quinta-feira, onde terão morrido perto de duas centenas de pessoas. as armas mais pesadas utilizadas na operação foram lançadores de granadas, garantiu Jihad Makdissi. Os observadores da ONU no terreno têm uma versão diferente. Uma gama diversa de armas foi utilizada, incluindo artilharia, morteiros e armamentos de pequeno porte. O ataque a Treimsa parece ter tido como alvo casas e grupos específicos, principalmente de militares desertores e ativistas, disse Sausan Ghosheh, porta-voz da missão dos capacetes azuis no país.