Comunidades de Toribio, no norte do Cauca, querem os militares e os guerrilheiros fora dos seus territórios. O presidente colombiano deslocou-se ao Município, mas não acedeu ao pedido dos líderes indígenas. Temem-se novos confrontos

Comunidades de Toribio, no norte do Cauca, querem os militares e os guerrilheiros fora dos seus territórios. O presidente colombiano deslocou-se ao Município, mas não acedeu ao pedido dos líderes indígenas. Temem-se novos confrontos
a situação de tensão que se viveu nos últimos dias no município de Toribio, depois dos confrontos entre o exército e os guerrilheiros das Forças armadas Revolucionárias da Colômbia (FaRC) terem provocados centenas de deslocados, voltou a agudizar-se sexta-feira, 13 de julho. Mais de 1000 indígenas juntaram-se para continuar a desmantelar as trincheiras militares e foram recebidos com granadas de gás lacrimogénio. a comunidade indígena continua a defender a ideia de retirar da zona tanto os militares como os guerrilheiros, para assumir o controlo do território e pôr um ponto final em mais de duas décadas de confrontos entre as FaRC e o exército. Nós não vamos desarmar ninguém, mas vamos obrigá-los a sair, explicou o porta-voz dos índios Nasa, Feliciano Valencia, em declarações ao portal Semana.com. Na quarta-feira, 11 de julho, o presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, convocou o Conselho de Ministros para uma reunião em Toribio, afirmando, no final, que não desmilitarizará o território nem um centímetro. a comunidade não gostou da decisão. Embora as autoridades locais enalteçam a visita e o apoio do governante, boa parte da população vaiou Juan Manuel Santos, recusou reunir com ele e assegurou que não vai cumprir as suas ordens. a situação é muito complicada e pode originar o assassinato de líderes indígenas por parte da guerrilha, porque eles pensam que com estas ações a comunidade está a defender o exército, enquanto os militares também podem pensar que se está a proteger os guerrilheiros,disse o prefeito de Toribio, Ezequiel Vitonás. Os dois Missionários da Consolata que vivem na paróquia tiveram que pedir refúgio numa localidade vizinha quando ocorreram os ataques, mas regressaram juntamente com a população, para apoiar as ações de luta pela paz.