Tentaram cruzar o mar Mediterrâneo num bote de borracha, mas não resistiram aos efeitos da desidratação, provocados por duas semanas de navegação. Dos 55 elementos que compunham o grupo apenas um homem sobreviveu
Tentaram cruzar o mar Mediterrâneo num bote de borracha, mas não resistiram aos efeitos da desidratação, provocados por duas semanas de navegação. Dos 55 elementos que compunham o grupo apenas um homem sobreviveu O sobrevivente, um homem de 55 anos, natural da Eritreia, no Corno de África, foi encontrado terça-feira, 10 de julho, agarrado aos restos do barco por pescadores, na costa da Tunísia, com graves problemas de desidratação. Segundo contou às autoridades, o grupo saiu de Tripoli, no Líbano, em finais de junho, num bote de borracha. No dia seguinte ao do embarque, estavam próximos da costa italiana, mas foram levados para alto mar, por ventos fortes. Sem água potável suficiente, as pessoas foram morrendo de desidratação durante os 15 dias da travessia. Em desespero, algumas beberam água do mar, o que agravou a sede e o estado de saúde. Para complicar ainda mais a vida dos imigrantes ilegais, a embarcação começou a esvaziar. Do grupo de 55 pessoas, só uma sobreviveu. Segundo informações do alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (aCNUR), mais 1. 300 pessoas chegaram à Itália, provenientes da Líbia pelo mar e cerca de 170 morreram na travessia. Outras 1. 000 alcançaram Malta. No início da semana, 50 eritreus e somalis no Mediterrâneo recusaram ser resgatados por forças militares de Malta. Os imigrantes rejeitaram a ajuda para evitar a repatriação e tentar chegar à Itália.