Decisão do Supremo Tribunal anula decreto do novo presidente e obriga a dissolver o recém-eleito parlamento, de maioria muçulmana. Milhares de pessoas sairam à rua para manifestar o apoio a Mursi
Decisão do Supremo Tribunal anula decreto do novo presidente e obriga a dissolver o recém-eleito parlamento, de maioria muçulmana. Milhares de pessoas sairam à rua para manifestar o apoio a Mursi a disputa de poder entre a justiça, os militares e o executivo do Egito reacendeu-se terça-feira, 10 de julho, com a decisão do Supremo Tribunal em dissolver totalmente o novo parlamento, composto por uma maioria de membros da Irmandade Muçulmana. a assembleia tinha sido convocada pelo recém-empossado presidente, Mohammed Mursi, os deputados chegaram a reunir-se, mas após a sentença judicial a sessão foi interrompida. a medida não agradou a milhares de apoiantes de Mursi, que se concentraram na praça Tahrir, entoando palavras de ordem contra os militares e a justiça. O ano passado, a praça tornou-se no epicentro da revolução que derrubou o ex-presidente Hosni Mubarak, há 30 anos no poder. Na segunda-feira o decreto de Mursi já tinha sido rejeitado pela justiça. Mas até aí a sentença dizia que parte dos deputados havia sido eleita de forma inconstitucional. Desta vez, além de reiterar o veto à convocatória do presidente, o tribunal invalidou a totalidade dos congressistas e decidiu pela dissolução total do parlamento, como ordenaram os militares há umas semanas, revelou a BBC.