Delegação de Índios Nasa partiu para as montanhas do Cauca, na Colômbia, para entrar em contacto com os guerrilheiros das FaRC e pedir o fim das ações violentas. ataques destruí­ram dezenas de casas e obrigaram dois missionários a procurar refúgio
Delegação de Índios Nasa partiu para as montanhas do Cauca, na Colômbia, para entrar em contacto com os guerrilheiros das FaRC e pedir o fim das ações violentas. ataques destruí­ram dezenas de casas e obrigaram dois missionários a procurar refúgio a equipa encarregue de estabelecer diálogo com os chefes da Frente 6 das Forças armadas Revolucionárias da Colômbia (FaRC) foi escolhida por uma assembleia de mais de 1000 indígenas, que se reuniu na praça central de Toribio, para determinar as ações de resistência civil, face aos confrontos registados nos últimos dias na região. a troca de tiros e o uso de bombas artesanais nos conflitos já provocaram pelos menos 14 feridos e perto de 800 desalojados. Os dois missionários da Consolata a trabalhar na paróquia local tiveram que pedir refúgio numa congregação de religiosas, na localidade de São Francisco. Os guerrilheiros lançaram uma ofensiva contra a polícia e o exército nas povoações de argélia, Jambalo e Toribio, causando estragos significativos em dezenas de habitações e instalações públicas, caso do posto de saúde, que ficou parcialmente destruído. Três profissionais ficaram feridos. Fartos dos confrontos, os indígenas resolveram ir ter com os guerrilheiros às montanhas, para exigir o fim dos ataques. ao mesmo tempo, pediram à polícia que se retire das povoações, de forma a evitar que as suas casas se transformem em alvo dos elementos das FaRC. Estamos cansados de tanta guerra, de não poder trabalhar, de que os nossos filhos não possam ir à escola, desabafou o líder indígena Edilfredo Rivera. após o início dos confrontos, centenas de pessoas tiveram que procurar abrigo no Colégio de Toribio (um projeto dos Missionários da Consolata) e em povoações vizinhas. Os guerrilheiros cercaram a malha urbana e obrigaram a polícia e o exército a abrigar-se nas trincheiras. Muitas destas barricadas têm sido destruídas pelos indígenas, num ato de desespero, justificado com a intenção de fazer sair dali os agentes e os militares.