Bispos libaneses estão preocupados com a grave crise em que o país se encontra mergulhado. agressão e rapto de cidadãos, bloqueio de estradas, falta de controlo das fronteiras são sintomas do marasmo que afetam o Líbano
Bispos libaneses estão preocupados com a grave crise em que o país se encontra mergulhado. agressão e rapto de cidadãos, bloqueio de estradas, falta de controlo das fronteiras são sintomas do marasmo que afetam o LíbanoUma visita histórica que – assim se espera – trará benefícios ao país e a todo o Médio Oriente, escrevem os bispos maronitas que se reuniram no início de julho, em Bkerke, sede do patriarcado da Igreja católica maronita, no Líbano. Os prelados querem acolher o conteúdo da Exortação apostólica que resulta do Sínodo especial dos Bispos do Médio Oriente. Para isso exortam os fiéis a participar em grande número nas celebrações dominicais e festivas das paróquias, e a recitar a oração de preparação da visita papal a partir de 15 de julho. Debruçando-se sobre a situação interna do país, os bispos sentem-se consternados com a crise e o marasmo que reinam no Líbano, devido à falta de confiança que se nota entre o povo e pelas dúvidas que se levantam quanto à capacidade do estado proteger a sociedade. a propósito os bispos lembram o Pacto Nacionalde 1943, com o qual os libaneses se empenharam a proteger a unidade interna e as suas relações com os países vizinhos. Nem a Oriente nem a Ocidente é a fórmula que resume o sim a viver juntos e o não a interferências externas. a assembleia mensal dos bispos maronitas católicos condena fenómenos como a agressão e o rapto de cidadãos, o bloqueio de estradas e a falta de controlo das fronteiras libanesas. No documento final, os prelados apelam à abertura urgente de uma mesa de diálogo nacional. Um aceno particular é dedicado às escolas católicas, atacadas por uma série de leis e projetos que impõem aumentos salariais com efeito retroativo, que correm o risco de comprometer a sobrevivência das escolas. E concluem: O estado não honra os seus compromissos de escolas gratuitas nem com as famílias que escolheram a escola privada.