Guerrilheiros das FaRC atacaram forças militares na povoação de Toribio, no Vale do Cauca. Há pelos menos dois feridos e mais de 40 casas foram destruídas. Os Missionários da Consolata tiveram que procurar refúgio
Guerrilheiros das FaRC atacaram forças militares na povoação de Toribio, no Vale do Cauca. Há pelos menos dois feridos e mais de 40 casas foram destruídas. Os Missionários da Consolata tiveram que procurar refúgioUm ano depois do violento ataque à população de Toribio, no Vale do Cauca, Colômbia, e quando a comunidade se preparava para assinalar a data com uma marcha e diferentes atividades culturais contra a guerra e qualquer outra forma de violência, foram retomados os confrontos entre os guerrilheiros das Forças armadas Revolucionárias da Colômbia (FaRC) e os militares do exército. Há registo de pelo menos dois feridos e centenas de deslocados. Os dois missionários da Consolata presentes na aldeia montanhosa tiveram que deixar a paróquia e refugiar-se em São Francisco, na casa das irmãs da Congregação Madre Laura. Estamos a viver uma situação que afeta todo o trabalho pastoral, porque fomos obrigados a cancelar atividades importantes, como os encontros de jovens e da infância missionária, as festas da padroeira, que começaram a ser organizadas há meses, e tivemos que celebrar um casamento em 40 minutos, no meio de trocas de tiros, testemunhou o padre Irungu Mungai. após o início dos confrontos, muitos dos moradores do centro de Toribio dirigiram-se para as instalações do Colégio CECIDIC – um projeto dos Missionários da Consolata – à procura de refúgio. Outros, deslocaram-se para a comunidade de São Francisco, onde foram acolhidos em casas de pessoas que se disponibilizaram para os acolher. Esta é uma guerra contra o povo, porque quando se enfrentam dois elefantes, é o pasto quem mais sofre, adiantou o sacerdote. O exército está resguardado num bunker. E ouvem-se disparos aqui muito perto. a guerrilha está nos arredores da povoação e diz-se que querem destruir o abrigo da polícia, como fizeram o ano passado, com um carro bomba, disse o prefeito de Toribio, Ezequiel Vitonás, numa entrevista à Rádio Caracol. Há um ano, a 9 de julho, os guerrilheiros da Frente 6 das FaRC fizeram explodir um carro bomba no posto da polícia de Toribio, quando decorria o mercado na praça central da localidade. Quatro pessoas morreram e 80 ficaram feridas. Em consequência do ataque 97 casas ficaram destruídas e 180 sofreram danos.