Bispos criticam os grandes projetos na floresta amazónica, pelo impacto negativo no meio ambiente e nas comunidades. E pedem que os lucros das riquezas minerais e vegetais sejam deixados nos locais onde são gerados
Bispos criticam os grandes projetos na floresta amazónica, pelo impacto negativo no meio ambiente e nas comunidades. E pedem que os lucros das riquezas minerais e vegetais sejam deixados nos locais onde são gerados Um dos problemas enfrentados atualmente pelos povos da amazónia são os grandes projetos que, além de terem um forte impacto no meio ambiente, geram lucros para alguns e causam numerosos impactos sociais negativos para as cidades onde se realizam, afirmaram os bispos da amazónia, após um encontro realizado em Santarém, no Brasil. Segundo o bispo da prelazia de Cametá e presidente do Regional Norte I, Jesus Maria Berdonces, a amazónia tem sido encarada como uma colónia, onde as pessoas vão, exploram a matéria prima, enriquecem e vão embora. Esse é um modelo capitalista pautado pelo governo, que não leva em conta o povo que aqui mora. Para eles, o povo é apenas um detalhe, que atrapalha o desenvolvimento, afirmou o prelado, acrescentando que a Igreja defende o incentivo à agricultura familiar, que os lucros das riquezas sejam deixados na amazónia e que os povos sejam ouvidos. Já Roque Paloschi, bispo da diocese da Roraima, citado pela agência Fides, destacou que a questão é saber quem está a usufruir dos lucros desses grandes projetos, que além de terem a bênção do governo, são financiados com o dinheiro público. as populações não têm garantias, e as suas terras quase sempre são abocanhadas pelo agro negócio e por grupos económicos que aqui chegam, lamentou o prelado.