Rapariga de 18 anos foi sequestrada, violada e torturada numa esquadra policial no afeganistão.como os agressores não foram julgados, as regras culturais mandam que a vítima se suicide. O caso está a gerar um movimento de solidariedade internacional
Rapariga de 18 anos foi sequestrada, violada e torturada numa esquadra policial no afeganistão.como os agressores não foram julgados, as regras culturais mandam que a vítima se suicide. O caso está a gerar um movimento de solidariedade internacionalO apelo tem caráter de urgência e pode fazer história no afeganistão se for atendido. Lal Bibi, uma franzina rapariga de 18 anos, foi sequestrada, violada, torturada e acorrentada a uma parede durante cinco dias por um gangue de poderosos polícias afegãos. Mas ao contrário do que as leis do país permitem às mulheres, não se calou. E está a procurar reagir, pedindo a ajuda internacional para levar os agressores à barra da justiça. Caso contrário, terá de se suicidar para lavar’ a honra da família. De acordo com as regras culturais do afeganistão, a jovem foi desonrada, porque foi violada. agora terá que se suicidar, como ela própria disse publicamente, caso os violadores não sejam levados à justiça para restaurar a sua honra e dignidade. O problema é que casos como estes passam com frequência ao lado do sistema judicial. E a cada dia que passa, sem que os suspeitos sejam detidos, Lal Bibi fica mais perto de ter que cometer o suicídio. Para evitar a sua morte e dar alguma esperança de justiça às mulheres afegãs, a organização avaaz criou uma petição, com o intuito de alertar os países que se preparam para doar quatro biliões de dólares ao afeganistão, incitando-os a condicionarem as ajudas à tomada de medidas concretas que combatam as violações e protejam as mulheres. O documento será entregue diretamente na conferência de doadores, em Tóquio. Segundo a avaaz, os costumes locais em algumas partes do afeganistão dizem que as mulheres desonradas por uma violação devem matar-se para restaurar a honra da sua família para as gerações futuras. Surpreendentemente, com muita coragem, Lal Bibi e sua família estão a tentar salvar a sua vida, insistindo no julgamento de seus agressores e tentando mostrar à sociedade que a culpa é dos autores deste crime e não dela.