as despesas com pessoal, o investimento nos órgãos de comunicação social e a tendência negativa dos mercados financeiros a nível mundial estiveram na origem dos prejuí­zos. Em contrapartida, a Cidade-Estado do Vaticano lucrou 21 milhões de euros
as despesas com pessoal, o investimento nos órgãos de comunicação social e a tendência negativa dos mercados financeiros a nível mundial estiveram na origem dos prejuí­zos. Em contrapartida, a Cidade-Estado do Vaticano lucrou 21 milhões de euros as contas de 2011 das estruturas de governo da Igreja Católica foram fechadas com um prejuízo de 14,8 milhões de euros, ao contrário do que sucedeu em 2010, em que os resultados positivos atingiram os 10 milhões de euros, revelou esta quinta-feira, 5 de julho, a Sala de Imprensa da Santa Sé. Os resultados negativos foram justificados com as despesas com pessoal (2832 funcionários), os meios de comunicação social e a tendência negativa dos mercados financeiros mundiais. Em compensação, a Cidade-Estado do Vaticano, que tem uma administração autónoma e independente dos contributos provenientes da Santa Sé, acabou o ano com um saldo positivo de 21,8 milhões de euros, resultado do aumento do número de visitantes aos museus, que atingiu os cinco milhões e gerou receitas de 91,3 milhões de euros. Em 2010, a venda de entradas para os espaços museológicos tinha rendido 82,4 milhões de euros. No que se refere às doações relativas ao Óbolo de São Pedro, em 2011 ultrapassaram os 69 milhões de dólares norte-americanos (55 milhões de euros), verba superior ao ano anterior. Este fundo é constituído pelo conjunto de ofertas entregues ao Papa pelas Igrejas particulares, comunidades religiosas, fundações e fiéis em nome individual, sobretudo durante a festa de São Pedro e São Paulo, que a Igreja Católica assinala a 29 de junho. a contribuição dos bispos para a Santa Sé rendeu 25,5 milhões de euros e doação entregue ao Papa o ano passado pelo Instituto para as Obras Religiosas, entidade conhecida como banco do Vaticano’, foi de 49 milhões de euros. Esta verba destinou-se ao apoio do ministério apostólico e de caridade de Bento XVI. as contas foram aprovadas pelos membros do Conselho de Cardeais para o Estudo dos Problemas Organizativos e Económicos da Santa Sé, que estiveram reunidos terça e quarta-feira no Vaticano, sob a presidência do secretário de Estado, cardeal Tarcisio Bertone. No comunicado final, os cardeais enalteceram a transparência dos dados apresentados e notaram o esforço constante para melhorar a administração dos bens e recursos da Santa Sé, deixando também um louvor ao generoso contributo de muitos fiéis e instituições eclesiais num momento de persistente crise económica. Para o futuro, recomendaram prudência e contenção nos custos.