Organização de direitos humanos identificou os locais de detenção e métodos de tortura, com a ajuda de ex-presos e desertores. Os espaços são comandados por elementos dos serviços secretos
Organização de direitos humanos identificou os locais de detenção e métodos de tortura, com a ajuda de ex-presos e desertores. Os espaços são comandados por elementos dos serviços secretos a maioria das vítimas é do sexo masculino e tem entre 18 e 35 anos, mas há registo de casos em que mulheres, crianças e idosos também foram detidos e levados para um dos 27 centros de tortura geridos pelos serviços secretos da Síria, denunciados esta quarta-feira pela organização de defesa dos direitos humanos Human Rigths Watch (HRW). Todas as testemunhas entrevistadas descreveram que só as condições dos centros de detenção podem já ser consideradas formas de maus-tratos, por causa da superlotação, má alimentação e recusa sistemática de assistência médica, referem os dirigentes da HRW, pedindo ao Conselho de Segurança da ONU que leve o caso ao Tribunal Penal Internacional. Desde março do ano passado, mais de 16,5 mil pessoas foram mortas na Síria por causa dos conflitos entre as forças de segurança do presidente Bashar al assad e os grupos rebeldes, contrários ao seu governo. Num projeto de resolução apresentado pelos Estados Unidos ao Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas, é proposta uma investigação internacional à Síria. O projeto é votado sexta-feira, 6 de julho. após o início da revolta na Síria, os 47 Estados-membros do Conselho dos Direitos Humanos já aprovaram várias resoluções denunciando as violações dos direitos humanos no país árabe. No entanto, o Conselho de Segurança da ONU tem tido dificuldades em aprovar resoluções contra o país, porque dois de seus membros permanentes, a Rússia e a China, são contrários a qualquer intervenção externa na nação governada por assad.