Governo promete casas 30 por cento mais baratas, mas fora de Lisboa e Porto os agentes imobiliários garantem que os valores são idênticos aos que se encontram no mercado normal
Governo promete casas 30 por cento mais baratas, mas fora de Lisboa e Porto os agentes imobiliários garantem que os valores são idênticos aos que se encontram no mercado normal Com rendas que chegam aos 692 euros na Grande Lisboa, o novo mercado social de arrendamento está a ser recebido com reservas por inquilinos, proprietários e agentes imobiliários, que não lhe reconhecem soluções suficientes para as famílias em dificuldades financeiras. O Ministério da Solidariedade e da Segurança Social garante que os 915 fogos agora disponibilizados oferecem rendas 30 por cento mais baratas, mas os agentes imobiliários contrariam esta avaliação, afirmando que na maioria dos casos os valores são idênticos aos que se encontram no mercado normal, sobretudo fora de Lisboa e Porto. No site https://www.mercadosocialarrendamento. msss.pt surgem apartamentos T3 com rendas de 350 euros na Marinha Grande, 360 em aveiro, 437 em Guimarães, 340 na Figueira da Foz, 300 na Covilhã, 380 em Santarém, 270 em Setúbal e 300 euros em Portalegre, por exemplo. antónio Machado, secretário-geral da associação dos Inquilinos Lisbonenses, salienta que na Grande Lisboa a renda corresponde, em termos médios, ao salário de uma pessoa a receber a retribuição mínima mensal, cerca de 485 euros, logo a taxa de esforço continua a significar valores muito elevados. De acordo com o regulamento do mercado social de arrendamento, a taxa de esforço máxima permitida por agregado familiar é de 30 por cento, implicando um rendimento mínimo de 1. 000 euros para uma renda de 300 euros. Nesta fase, o programa abrange 75 concelhos e soma 915 casas prontas a habitar – 729 dos sete bancos parceiros, 172 do Instituto de Habitação e Reabilitação Urbana e 14 do Instituto de Gestão Financeira da Segurança Social.