polícia brasileira pediu a prisão preventiva de 11 ativistas que participaram nos protestos contra a construção da barragem de Belo Monte. Na lista de acusados figura um padre, uma freira e vários missionários
polícia brasileira pediu a prisão preventiva de 11 ativistas que participaram nos protestos contra a construção da barragem de Belo Monte. Na lista de acusados figura um padre, uma freira e vários missionários as autoridades policiais do Pará entraram com um pedido na justiça brasileira para prender preventivamente 11 pessoas que participaram nos protestos contra a construção da barragem de Belo Monte, em meados de junho, durante a realização do evento Xingu +23, na Vila de Santo antónio, perto de altamira. Nas alegações, que aguardam o parecer do Ministério Público, a polícia acusa os indiciados de terem planeado os protestos previamente, dos crimes de dano, roubo, incêndio, desobediência, perturbação da ordem pública e formação de quadrilha. Marco apolo Leão, advogado de defesa dos acusados e presidente da Sociedade Paraense de Defesa dos Direitos Humanos, assegura que não existe nos autos uma única imagem que comprove as acusações. Entre os acusados estão membros e assessores do Movimento Xingu Vivo para Sempre, um padre que rezou uma missa e abençoou o encontro, uma freira, um pescador que viu a sua casa destruída pelo Consórcio poucos dias antes, missionários indigenistas e um documentarista de São Paulo, revelou o Conselho Indigenista Missionário (CIMI). Os advogados entraram com um pedido de habeas corpos para manter os ativistas em liberdade. Para os juristas, este é mais um caso de criminalização dos líderes de movimentos sociais. Por isso, foi criada uma grande rede de solidariedade para apoiar os elementos do movimento Xingu Vivo e as outras pessoas vítimas das acusações da polícia. Uma nota de apoio aos militantes já conta com assinatura de 146 instituições da sociedade civil de todo o Brasil, entre eles a Sociedade Paraense de Defesa dos Direitos Humanos (SDDH) e o Movimento Nacional de Direitos Humanos (MNDH).