Relatório anual das Nações Unidas revela que as tropas Sírias terão matado, torturado e utilizado crianças como escudos humanos nos confrontos com a oposição
Relatório anual das Nações Unidas revela que as tropas Sírias terão matado, torturado e utilizado crianças como escudos humanos nos confrontos com a oposição as informações sobre a situação na Síria não param de surpreender, pela negativa. Dados recentes, divulgados pela Human Rights Watch (HRW), indicam que foram mortas perto de 1200 crianças, desde que começou a revolta contra o regime de Bashar al-assad, em fevereiro de 2011. Estamos muito chocados. assassinato e mutilação de crianças apanhadas em fogo cruzado é algo com que nos deparamos em muitos conflitos, mas esta tortura de crianças em detenção é uma coisa invulgar, que não vejo noutros lugares, afirmou à BBC a representante especial da ONU para as Crianças e o Conflito armado, Radhika Coomaraswamy. De acordo com outro relatório, efetuado pela ONU, há provas de crianças a partir dos nove anos de idade que foram mortas e mutiladas, arbitrariamente presas, detidas, torturadas e agredidas – incluindo violência sexual – e usadas como escudos humanos por parte das forças do regime sírio. O início das violações graves contra crianças na Síria coincidiu com o começo da revolta contra o regime de Bashar al-assad. O estudo revela ainda existirem informações credíveis do recrutamento e uso de crianças pela oposição armada, o que motivou críticas por parte de Coomaraswamy. Pela primeira vez ouvimos que crianças estão a ser utilizadas pelo Exército Livre Sírio, principalmente para trabalhos na área médica ou dos serviços, mas ainda assim na linha da frente, adiantou a emissária. Por estas razões, a Síria foi incluída, pela primeira vez, na lista da vergonha da ONU. Os dados foram conhecidos esta terça-feira, dia em que morreram pelo menos mais dez pessoas em al-Jbeibleh, província de Deir Ezzor, no leste da Síria, onde as tropas do regime bombardearam várias localidades e intensificaram o cerco a Haffeh, segundo o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH). Na província de aleppo, norte, a cidade de Hreitane foi alvo de um violento bombardeio, que destruiu muitas casas e provocou a fuga dos moradores.