líder da oposição de Mianmar vai ser recebida na Noruega, Suí­ça e Grã-Bretanha e Paris. Deslocação deverá ser aproveitada pela dirigente Política e prémio Nobel da Paz para aperfeiçoar a sua imagem de símbolo mundial da democracia
líder da oposição de Mianmar vai ser recebida na Noruega, Suí­ça e Grã-Bretanha e Paris. Deslocação deverá ser aproveitada pela dirigente Política e prémio Nobel da Paz para aperfeiçoar a sua imagem de símbolo mundial da democracia a viagem de aung San Suu Kyu pela Europa começa esta quarta-feira, dia 13 de junho, e deverá prolongar-se por 15 dias. No sábado, discursará em Oslo, na Noruega, 21 anos depois de ter recebido o Prémio Nobel da Paz, distinção que a fez ganhar uma dimensão política global. Desloca-se depois a Genebra, na Suíça, para expor o seu ponto de vista sobre o trabalho forçado, nas Nações Unidas,segundo a agência noticiosa aFP. Enquanto o oeste de Mianmar é abalado pela violência sectária, entre budistas e comunidades muçulmanas no estado de Rakhine, Suu Kyi, de 66 anos, irá passar também pela Grã-Bretanha, onde foi educada e criou família. Em seguida, parte para Paris, outra das capitais que sempre a apoiaram, desde o seu primeiro discurso ativista, em 1988. Mantida em prisão domiciliária durante anos, nunca deixou o conflito com a junta militar no poder, mas também nunca se atreveu a deixar o país, com medo de ser forçado ao amílcar. agora, que está livre e foi eleita deputada, em abril, goza de outro tipo de estatuto. Vai certamente manter sua retórica de liderança moral, inspiração, e vai procurar aperfeiçoar a sua imagem de ícone democrática, afirma Renaud Egreteau, especialista em Mianmar da Universidade de Hong Kong. Segundo analistas políticos, a viagem de Suu Kyi servirá também os interesses do presidente da ex-Birmânia, Thein Sein. O governante quer ver-se livre das sanções económicas para relançar a economia do país e estará a aproveitar-se do poder de sedução da líder da oposição para o tentar alcançar. Ela é a chave para uma abertura maior ao ocidente. Deixá-la viajar pelas capitais europeias é uma condição necessária para a benevolência do ocidente para com o regime”, acrescenta o investigador.