Tropas e navios militares reforçam a segurança no estado de Rakhine, no oeste de Mianmar, após sete pessoas terem morrido nos piores conflitos dos últimos anos entre a minoria muçulmana Rohingya e budistas
Tropas e navios militares reforçam a segurança no estado de Rakhine, no oeste de Mianmar, após sete pessoas terem morrido nos piores conflitos dos últimos anos entre a minoria muçulmana Rohingya e budistasCentenas de Rohingyas entraram em confronto com comunidades budistas, forçando as autoridades de Maungdaw a impor o recolher obrigatório após a meia-noite. O motivo dos confrontos entre muçulmanos e budistas não é muito claro, mas a região está em estado de alarme há dias. Um grupo de muçulmanos terá violentado e morto uma mulher budista, seguindo-se a morte de dez muçulmanos, em retaliação. Moradores de Maungdaw afirmam terem visto aterrar quatro aviões com soldados, no aeroporto de Sittwe. a própria televisão estatal afirmou que chegaram à região navios militares, que estão a patrulhar o rio e o mar da costa de Maungdaw. autoridades governamentais, inclusive o ministro da defesa do governo central, estão no local a dirigir as operações. O assessor do presidente, Hmu Zaw, afirmou que centenas de Rohingyas atacaram dezenas de aldeias budistas. a polícia tentou proteger as pessoas, disparando tiros sem causar feridos, relata a imprensa estatal, que também confirma os disparos. Os meios de comunicação relatam que, em Maungdaw, sete pessoas morreram e 17 ficaram feridas, durante os confrontos de sexta-feira, 8 de junho. Cerca de 500 urbanística foram destruídos. Uma fonte contactada por telefone afirmou que houve confrontos, apesar do recolher obrigatório, com Rohingyas a tentar atacar residências budistas. É um inferno. Pergunto-me quanto tempo vamos ter que viver assim, declarou Mya Khin, uma dona de casa. Sábado, Maungdaw e as aldeias vizinhas acordaram calmos, mas um grupo budista independente, arakan National Watch, afirmou que a violência continuou e que houve mortes na madrugada em aldeias junto da fronteira do Bangladesh.