Seis horas depois dos tanques saí­rem de Mazraat al-Qubeir, um agricultor sírio regressou ao local do massacre e encontrou corpos carbonizados no meio das casas queimadas da outrora pacata aldeia
Seis horas depois dos tanques saí­rem de Mazraat al-Qubeir, um agricultor sírio regressou ao local do massacre e encontrou corpos carbonizados no meio das casas queimadas da outrora pacata aldeiaHavia fumo a sair das construções e um cheiro horrível de carne humana queimada, relata o homem que afirmou ter observado soldados sírios e milícias shabbiha a atacar a sua aldeia, enquanto ele permanecia escondido. Era uma cidade fantasma, afirmou por telefone, pedindo que não divulgassem o seu nome com medo de represálias. Em 15 meses de revolta sangrenta contra o presidente sírio, Bashar al assad, Mazraat al-Qubeir não tinha ainda sido atingida. Embora os seus moradores quase não tivessem participado na revolta, quarta-feira, 6 de junho, o conflito bateu-lhes à porta.

Tanques do Exército cercaram e bombardearam a aldeia antes de entrarem. a milícia aliada de Bashar al assad, juntou-se aos soldados, a pé, armada com facas, pistolas e mocas. Depois do Exército bombardear a zona, forças de segurança e milícias shabbiha entraram nas casas. Ouvi tiros em três casas, vi-os sair e explodiram [as casas], afirmou a testemunha. Não pude ouvir nada por causa do fogo da artilharia. Por volta das 8 da noite, terminaram. Este relato coincide com as informações que procedem de outras fontes e de sobreviventes do ataque.

Segundo ativistas dos direitos humanos, terão sido mortas, pelo menos, 78 pessoas, na maioria sunitas. a crescente tensão sectária tem provocado confrontos sangrentos entre sunitas rebeldes e a minoria muçulmana alauíta, um ramo do xiismo, a que pertence a família assad. as autoridades sírias negaram os relatos, afirmando que as forças de segurança tinham entrado em confronto com terroristas.