Os malineses e as autoridades do país mostram-se contrários à constituição de um estado islâmico no Norte do Mali, proclamado no passado domingo, 27 de maio. Os religiosos do Mali rezam pela paz e reconciliação
Os malineses e as autoridades do país mostram-se contrários à constituição de um estado islâmico no Norte do Mali, proclamado no passado domingo, 27 de maio. Os religiosos do Mali rezam pela paz e reconciliaçãoTanto as autoridades políticas como a população reafirmaram que o Mali é uno e indivisível, declarou à agência Fides o secretário da Conferência Episcopal malinesa, Edmond Dembele. Os próprios habitantes originários do Norte, que se encontram em Bamako (capital do Mali), são contrários à divisão setentrional e à criação de um estado islâmico naquela zona. Os rebeldes do Movimento de Libertação do azawad e jiadistas do ansar addine proclamaram a constituição do um novo estado no Norte do Mali. a proclamação de um estado islâmico na região assusta todos os países vizinhos, a começar por aqueles que fazem parte da CEDaO. Veremos nos próximos dias quais serão as reações da proclamação de um estado independente, explica Edmond Dembele. O primeiro-ministro malinês garantiu à população que as condições de saúde do presidente de transição, Dioncounda Traoré, que ainda se encontra internado em França depois da agressão de que foi vítima, continuam a registar melhoras. Na semana passada, o presidente foi atacado e ferido por um grupo de apoiantes da junta militar que tomara o poder com um golpe de estado em 22 de março. as várias confissões religiosas do Mali desempenham um papel importante na busca de uma solução para a dupla crise: a divisão do Norte e o golpe de estado de 22 de março. as comunidades católicas e protestantes, domingo, 27 de maio, dedicaram um tempo de oração pela paz no Mali. O arcebispo de Bamako, Jean Zerbo, convidara os católicos a rezar intensamente no domingo de Pentecostes, pela reconciliação dos malineses, disse Edmond Dembele. Os muçulmanos rezaram pela paz sexta feira, 25 de maio.