Há cada vez mais mulheres migrantes a casarem-se com homens da Coreia do Sul que, de outro modo, não conseguiriam encontrar esposa. a sociedade torna-se assim cada vez mais multicultural. Esta mudança é tratada na produção cinematográfica sul-coreana
Há cada vez mais mulheres migrantes a casarem-se com homens da Coreia do Sul que, de outro modo, não conseguiriam encontrar esposa. a sociedade torna-se assim cada vez mais multicultural. Esta mudança é tratada na produção cinematográfica sul-coreanaOs coreanos sempre se orgulharam do seu sangue puro, mas nos últimos anos a sociedade coreana tem-se tornado cada vez mais multicultural. Em anos recentes, alguns estrangeiros foram convidados, de forma esporádica, a participar em programas de entretenimento ou telenovelas. Porém, dado o aumento de estrangeiros no país, o tema começou a ser também tratado no cinema. Em 2010, um em dez casamentos era misto, sendo que o número de filhos de famílias multiculturais aumentou de 25 mil em 2006 para 160 mil em 2010. O cinema tem dedicado uma atenção especial a esta mudança. as telenovelas começaram a tratar o tema em 2005, mas somente sob o ponto de vista da relação amorosa entre um homem e uma mulher. O cinema trata a multiculturalidade de uma forma mais abrangente, ou seja, apresenta temas mais complexos que resultam do encontro de duas culturas muito diferentes entre si. Dois filmes – Bandhobi (2009: o ator principal é do Bangladesh) e Banga Banga (2010) – foram mais longe, apresentando o tema da discriminação que sofrem os trabalhadores estrangeiros, um tema social que tem sido muito abordado nos últimos anos. O filme Punch, que saiu em outubro passado, atraiu uma bilheteira superior a cinco milhões de pessoas. Ninguém imaginava que um filme sobre um menino, cujo pai é corcunda e a mãe emigrante filipina, se tornasse um êxito de bilheteira. Filmes deste género são fundamentais para que a sociedade se torne cada vez mais tolerante e inclusiva em relação aos emigrantes, sobretudo os casados com coreanos e os filhos deles, pois são estes quem são ainda discriminados de forma mais acentuada.