Soldados fazem parte da clique que tomou o poder do governo civil na Guiné-Bissau no mês passado. Estados-membros da ONU devem garantir que militares não conseguem entrar ou passar em trânsito pelos seus territórios
Soldados fazem parte da clique que tomou o poder do governo civil na Guiné-Bissau no mês passado. Estados-membros da ONU devem garantir que militares não conseguem entrar ou passar em trânsito pelos seus territóriosO Conselho de Segurança das Nações Unidas proibiu esta sexta-feira cinco militares golpistas da Guiné-Bissau de viajarem para fora do território guineense. Estes tropas fazem parte da clique que tomou o poder do governo civil em Bissau no mês passado. O organismo internacional desafiou os estados-membros da ONU a garantirem que os indivíduos alvo destas sanções não conseguem entrar ou passar em trânsito pelos seus territórios.
Na mesma resolução aprovada na sexta-feira, o Conselho exigiu que a liderança militar da Guiné-Bissau tome providências imediatas para restaurar e respeitar a ordem constitucional, incluindo a realização de eleições democráticas, assegurando que todos os soldados regressam aos quartéis e exigindo que os membros do comando militar abandonem as suas posições de autoridade.
Um grupo de soldados tomou o poder a 12 de abril na Guiné-Bissau, país que a ONU caracteriza como vivendo uma história de golpes, instabilidade e desgoverno político desde que ganhou a independência de Portugal em 1974. Os apelos da comunidade internacional para o regresso ao regime civil e à restauração da ordem constitucional têm sido ignorados.