Delegação de bispos africanos requer estatuto de observadores junto da União africana. No encontro com o presidente da organização e do Benim, os representantes do SECaM exigem democracia e boa governação para o continente
Delegação de bispos africanos requer estatuto de observadores junto da União africana. No encontro com o presidente da organização e do Benim, os representantes do SECaM exigem democracia e boa governação para o continenteRepresentantes dos bispos africanos do SECaM (Simpósio das conferências episcopais de África e Madagascar) encontraram-se, a 10 de maio, com o presidente da União africana (Ua), Thomas Yayi Boni. O político, que é também presidente do Benim, condenou a intolerância religiosa que assume dimensões políticas em África. Na opinião de Yayi Boni, a maior parte dos desafios que a África tem de enfrentar são causados pela falta de respeito pela liberdade de religião e de pertença política, à falta de boa governação, democracia e eleições justas e transparentes. a delegação episcopal era presidida por Nicodéme anani Barrigah-Benissan, bispo de atakpamé, presidente da comissão episcopal de Justiça e Paz, do Togo. Uma nota oficial do SECaM resume os conteúdos do encontro que teve lugar em Cotonou, Benim, em 10 de maio. Os bispos pediram a concessão do estatuto de observadores junto da União africana, tendo em conta o contributo notável da Igreja e o papel que ela desempenha em matéria de desenvolvimento em África no campo da educação, agricultura, saúde e em outros âmbitos socioeconómicos. O presidente Yayi Boni garantiu que apresentará o pedido na próxima cimeira da Ua, que terá lugar em julho, no Malawi. ao mesmo tempo, os bispos africanos deixaram um apelo para que se promovam eleições justas e transparentes. Sugeriram que seja apresentada uma campanha junto de todos os países africanos para que seja ratificada a carta africana sobre a democracia, as eleições e a boa governação. Por sua vez, Yayi Boni convidou o SECaM a participar na conferência organizada pela CELaM (conferência dos bispos da américa Latina) e Caritas internationalis, à margem da cimeira das Nações Unidas Rio+20, sobre desenvolvimento sustentável, de 20 a 22 junho.