Nos primeiros dois meses de 2012, calcula-se que 212 crianças foram vítimas do tráfico de seres humanos na região da floresta Madre de Dios, no sudoeste do Peru. é uma tragédia silenciosa que poucos denunciam
Nos primeiros dois meses de 2012, calcula-se que 212 crianças foram vítimas do tráfico de seres humanos na região da floresta Madre de Dios, no sudoeste do Peru. é uma tragédia silenciosa que poucos denunciam a ausência do Estado nesta região favorece o proliferar de atividades ilegais. anualmente são extraídas da floresta à volta de 20 toneladas de ouro. a febre do ouro provoca tamanha tragédia, segundo o diretor da associação Huarayo, Óscar Guadalupe. É de notar que, desde que a polícia começou a operar com mais frequência, o número das vítimas poderá ser menor. Óscar Guadalupe explicou a situação na apresentação do livro Tráfico de seres humanos na região Madre de Dios, editado graças ao esforço de diversas organizações não governamentais (ONG).
as informações são escassas. Não há estatísticas oficiais, não há denúncias, as áreas de mineração são remotas e os abusos proliferam na maior impunidade e, sobretudo, em péssimas condições sanitárias, refere a agência Fides. O livro apresenta 17 casos de tráfico, ocorridos entre maio e dezembro de 2010. Os casos narrados são 11 de exploração sexual e seis de trabalhos forçados. O deputado alberto Beingolea, que participou na apresentação do livro, afirmou que o crime de tráfico de pessoas não é suficientemente conhecido na sociedade. É necessário trabalhar mais para procurar prevenir com a correta aplicação da lei penal e fazer mais pelas vítimas. Em 2011, foram acolhidas temporariamente 111 crianças com menos de 18 anos na associação Huarayo, em Mazuko, local de passagem obrigatório para os campos de mineração. Óscar Guadalupe lembrou os casos dos filhos de mães adolescentes, descrevendo-os como vítimas invisíveis da estração do ouro. a associação Huarayo, sem fins lucrativos, está especializada na assistência à infância em Madre de Dios, na amazónia peruviana. Fundada em 1998, dedica-se à promoção e desenvolvimento global da infância, promovendo a participação ativa das crianças e dos adolescentes na defesa e divulgação dos seus direitos. Dedica ainda os seus esforços à luta com a exploração das crianças na região da exploração do ouro.