Os conflitos nas zonas rurais, motivados por disputas de posse de terra, estão a fazer aumentar o número de vítimas, segundo um estudo da Comissão Pastoral da Terra (CPT)
Os conflitos nas zonas rurais, motivados por disputas de posse de terra, estão a fazer aumentar o número de vítimas, segundo um estudo da Comissão Pastoral da Terra (CPT) a violência continua a alastrar e a assustar a população das zonas rurais no Brasil. Só este ano, entre janeiro a abril, 12 trabalhadores foram assassinados em conflitos no campo e dezenas de trabalhadores, indígenas, militantes, sindicalistas e lideranças já foram ameaçados, revela um relatório apresentado pela CPT, em Brasília. Na sessão de divulgação do documento, os responsáveis da Pastoral alertaram para a necessidade de medidas que solucionem o problema da violência em meio rural, como a reforma agrária. Os dados referentes a 2011 apontam para um aumento de 21,32% no número de casos relacionados com a luta pela posse da terra – mais 182 do que em 2010.
a CPT registou 29 assassinatos, cinco a menos que no anterior. No entanto, a repercussão de algumas mortes ocorridas em 2011 foi maior do que em anos anteriores, como foi o caso dos homicídios do casal José Cláudio e Maria do Espírito, no estado do Pará, de adelino Ramos, em Rondônia, e do cacique indígena Nísio Gomes, no Mato Grosso do Sul.
Sete das vítimas mortais já haviam recebido ameaças de morte, prática que também cresceu no último ano, passando de 125 (2010) para 347 (2011). Os alvos das ameaças, geralmente, são índios, quilombos, ambientalistas e o Ministério Público. a Comissão encontrou ainda situações de trabalho escravo, uma chaga que não cicatriza. O número de ocorrências passou de 204 para 230, em 19 estados, de acordo com o relatório, citado pela agência adital.