Presa e em greve de fome, Tymoshenko queixa-se, há meses, de fortes dores nas costas, mas recusou o tratamento de médicos ucranianos com receio de ser envenenada. as suas acusações alarmaram os líderes do Ocidente, que a consideram prisioneira Política
Presa e em greve de fome, Tymoshenko queixa-se, há meses, de fortes dores nas costas, mas recusou o tratamento de médicos ucranianos com receio de ser envenenada. as suas acusações alarmaram os líderes do Ocidente, que a consideram prisioneira Política a líder da oposição ucraniana está presa desde agosto e iniciou uma greve de fome na prisão, em 20 de abril, em protesto contra os maus-tratos de que declara ser vítima. Rejeita ser tratada pelos médicos ucranianos em quem não confia, segundo afirma, por estarem ao serviço das autoridades do país. agora, Yulia Tymoshenko concordou em receber tratamento de um médico alemão num hospital ucraniano. Na semana passada, ela afirmou que foi agredida pelos guardas prisionais durante uma visita forçada a um hospital. Os seus simpatizantes fizeram circular fotografias que mostravam ferimentos nos braços e no abdómen.

a Ucrânia rejeitou nesta sexta-feira o pedido de Yulia Tymoshenko para a abertura de um inquérito criminal sobre os espancamentos que ela afirma ter sofrido pelas mãos dos guardas prisionais. O procurador-geral Viktor Pshonka disse, sexta-feira passada, 4 de maio, que o seu gabinete não conseguiu apurar as acusações de maus-tratos físicos contra a opositora do regime e recusou-se a abrir um inquérito criminal. Depois de uma investigação, o pedido para abrir um processo criminal foi negado, afirmou o procurador aos jornalistas.

No entanto o incidente abalou as relações da Ucrânia com a União Europeia a poucas semanas da Ucrânia receber o campeonato de futebol da Europa, um evento que deveria servir de trunfo para promover o sonho de integração europeia do ex-estado soviético. De 51 anos, Yulia Tymoshenko afirma-se vítima de uma conspiração do presidente Viktor Yanukovich. as acusações reforçaram a indignação do Ocidente sobre as condições de detenção da opositora do regime ucraniano. alguns políticos europeus afirmam que o caso reflete um abaixamento dos padrões democráticos da ex-república soviética desde que Yanukovich subiu ao poder, em fevereiro de 2010.