Relatório revela que o país comunista tem perto de 70 mil cristãos em cativeiro, em condições desumanas
Relatório revela que o país comunista tem perto de 70 mil cristãos em cativeiro, em condições desumanas Ter uma Bíblia em casa, ser descoberta a dançar com um estrangeiro, cantar uma melodia sul-coreana ou não fazer referência elogiosa ao fundador do país, Kim il-Sung, foram motivos suficientes para a condenação de diversas pessoas a trabalhos forçados em campos de concentração, na Coreia do Norte. Um relatório divulgado esta quinta-feira revela as condições trágicas e desumanas em que se encontram cerca de 200 mil prisioneiros. Perto de 70 mil são cristãos. O estudo, elaborado pela Comissão Nacional de Direitos Humanos, uma entidade ligada ao governo sul-coreano, resulta de uma investigação às violações dos direitos humanos no país comunista, e demonstra que muitos dos prisioneiros das últimas décadas eram apenas pessoas desesperadas, que tentavam conseguir comida ou trabalho noutro país, e não dissidentes políticos. Segundo a agência aFP, que teve acesso ao documento, fica demonstrada a horrível situação dos presos. O relatório é baseado nos depoimentos de 834 refugiados norte-coreanos na Coreia do Sul e corroborado com os relatos de outras pessoas que fugiram da Coreia do Norte, entrevistadas por jornalistas ou associações de defesa dos direitos humanos, revela a Fundação ajuda à Igreja que Sofre (aIS). O estudo apresenta uma lista de 278 pessoas que passaram por campos de trabalho norte-coreanos entre meados dos anos 90 e 2005, e inclui informações sobre as acusações contra elas. Esperamos que este relatório permita controlar e prevenir violações dos direitos humanos na Coreia do Norte, afirmou à aFP um membro da comissão.