Crise pode agravar-se por causa de governos, especialmente nas economias desenvolvidas, combinarem austeridade com reformas do mercado de trabalho
Crise pode agravar-se por causa de governos, especialmente nas economias desenvolvidas, combinarem austeridade com reformas do mercado de trabalho a situação do emprego mundial é alarmante, avisa a Organização Internacional do Trabalho (OIT) num novo relatório divulgado esta segunda-feira, na véspera do Dia do Trabalhador, que se celebra por todo o mundo a 1 de maio. a OIT também adverte para o facto da recuperação económica não ser esperada para breve.
O Relatório Mundial do Trabalho 2012: melhores empregos para uma melhor economia- publicado pela OIT – diz que desapareceram cerca de 50 milhões de empregos face à situação que existia antes da crise económica mundial.
O documento adverte para a crise mundial de emprego poder agravar-se devido a vários fatores, incluindo o facto de que muitos governos, especialmente nas economias desenvolvidas, terem alterado a sua prioridade para uma combinação de austeridade fiscal e difíceis reformas do mercado de trabalho.
Estas medidas estão a ter consequências devastadoras nos mercados de trabalho em geral e na criação de emprego, em particular, afirma a OIT num comunicado à imprensa. Portugal é um dos exemplos destas políticas.
O foco estreito de muitos países da zona euro de austeridade fiscal está a aprofundar a crise do emprego e até pode levar a uma nova recessão na Europa, alerta o diretor do Instituto de Estudos Internacionais do Trabalho da OIT e principal autor do relatório, Raymond Torres.