Em Cuba, cerca de 13 mil casas e 15 mil automóveis têm novo dono no primeiro trimestre de 2012. as transações passaram a ser legais pela primeira vez após meio século com as reformas económicas do presidente Raul Castro
Em Cuba, cerca de 13 mil casas e 15 mil automóveis têm novo dono no primeiro trimestre de 2012. as transações passaram a ser legais pela primeira vez após meio século com as reformas económicas do presidente Raul Castro De janeiro a março, já chegam a mais de 2. 730 as compras e vendas de imóveis e 8. 390 de automóveis, enquanto as doações superam as 10. 660 e 6. 780, respetivamente, revelou a diretora de Registo Civil do Ministério da Justiça, Olga Pérez Díaz. as doações são, fundamentalmente, transferências gratuitas de propriedade para um familiar, com o objetivo de regularizar os títulos ou por outras razões, escreve o jornal oficial Granma, na sua edição de 26 de abril. Proibidas nos anos 1960 pelo governo de Fidel Castro, as compras e vendas de casas e carros foram autorizadas no fim de 2011 por seu irmão Raul Castro, que lhe sucedeu em 2006. Desde então tem vindo a desenvolver reformas com o objetivo de tirar a ilha da crise económica. afetados por décadas de restrições legais, que agora o próprio Raúl Castro considera excessivas, os cubanos festejaram as novas leis que lhes permitem vender e comprar casas e automóveis. apesar da timidez dos números é um processo contínuo em crescimento que realmente demonstra que a população ficou entusiasmada, comentou o economista Omar Everleny, diretor do Centro de Estudos da Economia Cubana da Universidade de Havana. as transações não terão sido mais, porque há um problema legal: os cubanos vivem em casas que não estão em seu nome e leva tempo para registar a propriedade.com 11,2 milhões de habitantes, Cuba enfrenta há décadas um grave défice habitacional, agravado pela deterioração de muitas moradias existentes. até 1990, os cubanos podiam apenas comprar automóveis se o governo fornecesse um cupão por méritos trabalhistas, com proibição de vendê-lo, pagando a prazo com preço subsidiado. Mas a crise económica acabou com a medida, chamada oficialmente período especial. as reformas avançam gradualmente. Não houve retrocesso em nenhuma das medidas tomadas, todas as coisas continuam a ser implementadas, afirmou Omar Everleny.