Documentos diplomáticos e o registo das cartas enviadas e recebidas pelos Papas ao longo dos séculos fazem parte do acervo
Documentos diplomáticos e o registo das cartas enviadas e recebidas pelos Papas ao longo dos séculos fazem parte do acervo
Quando foi criado em 1611, pelo Papa Paulo V, o arquivo Secreto do Vaticano cabia num espaço de 400 metros. Hoje, os documentos privados da Santa Sé estendem-se por 85 quilómetros lineares. Para assinalar o quarto centenário da sua fundação, foi criado um fórum para estudar a história, a importância cultural e os resultados das pesquisas recentes aos escritos ali depositados. É o maior arquivo do mundo, pelo menos no que diz respeito à Idade Média. Mas acima de tudo, é um arquivo com um material universal, assegurou o historiador alemão arnold Esch. Por ter a palavra segredo’ no nome, sempre esteve rodeado de mistério. Embora o Vaticano esclareça que essa definição deve ser entendida no seu sentido latino, como privado. Formado originalmente com manuscritos do pontificado de Gregório VII (1703-1085), o repositório foi criado, tal como é agora, pelo Papa Paulo V, em 1611. Tem séculos e séculos de registos de cartas enviadas ou recebidas pelos papas, documentos da Câmara apostólica, documentos diplomáticos dos núncios, missões diplomáticas, Concílios e sínodos, referiu monsenhor Sérgio Pagano, Prefeito do arquivo Secreto, em entrevista à Rádio Vaticano. apesar do trabalho desenvolvido nos últimos anos, grande parte do material depositadonaqueleespaçopermanece por consultar e analisar, sobretudo a grande quantidade de documentos provenientes das nunciaturas, e os que se referem ao período da II Guerra Mundial.