Jasmine Lee é a primeira estrangeira naturalizada coreana a ser eleita para o parlamento. as eleições parlamentares de 11 de abril ficarão para a história
Jasmine Lee é a primeira estrangeira naturalizada coreana a ser eleita para o parlamento. as eleições parlamentares de 11 de abril ficarão para a história a vitória de Jasmine Lee não escapou aos ataques xenófobos de alguns. Mas uma coisa é certa: as mudanças sociais vieram para ficar. Nos últimos anos, o número de estrangeiros a residir na Coreia do Sul tem aumentado significativamente. Mas são vários os que vivem há mais anos, incluindo Jasmine Lee, natural das Filipinas. Tem 35 anos e vive na Coreia há 17, casada com um coreano e naturalizada coreana. Foi eleita para o parlamento pelo partido do atual governo. aos poucos, a presença dos quase um milhão e duzentos mil estrangeiros faz-se sentir de várias maneiras, se bem que a maior parte esteja presente no país de forma ilegal.

Como sempre, as mudanças causam agrado nuns e desagrado noutros. Na semana passada, a internet foi invadida por comentários xenófobos expressas em blogues e twits, criticando-a por não ter qualidades para ser deputada; outros troçavam da sua etnicidade, enquanto que outros consideravam negativo o apoio que o governo dá a famílias multiculturais e acusavam-na de procurar livre acesso aos serviços médicos e escolares para emigrantes ilegais. Felizmente, estes ataques foram considerados difamatórios e racistas por outros internautas.

a verdade é que a Coreia do Sul parece querer resistir às mudanças. Porém, cresce entre os cidadãos a consciência de que elas são inevitáveis. afinal, a Coreia enfrenta problemas graves no setor das pequenas empresas, muitas das quais sobrevivem à custa da mão-de-obra estrangeira. Mais ainda: muitos coreanos das áreas rurais só conseguem casar com uma mulher estrangeira. De facto, o número de estrangeiros casados com coreanos atingiu já os 210 mil.

Quer se queira quer não, a Coreia não pode senão aceitar o inevitável. Porém, é necessária a formação da consciência social, de modo a que os estrangeiros possam contribuir ainda mais para o bem da nação. E não esqueçamos que a Coreia tem uma das mais baixas taxas de natalidade do mundo.