Situação continua tensa em Bissau. Há cada vez mais militares nas ruas, alguns a circular em viaturas civis
Situação continua tensa em Bissau. Há cada vez mais militares nas ruas, alguns a circular em viaturas civis Em declarações à agência noticiosa aFP, a mulher do primeiro-ministro da Guiné-Bissau e candidato às eleições presidenciais, revelou que o marido foi levado por militares para destino desconhecido. Os revoltosos atacaram a residência do casal na quinta-feira à noite, obrigaram Carlos Gomes Júnior a entrar numa carrinha pick-up’ e levaram-no para um local, que, esta sexta-feira de manhã, não era ainda conhecido por Salomé Gomes. De acordo com o blogue do jornalista antónio aly Silva, que está a acompanhar o golpe de Estado ao minuto, o presidente interino da Guiné Bissau, Raimundo Pereira, também foi levado pelos militares. O político estava na sua residência quando os militares chegaram e foi ele mesmo a abrir a porta aos combatentes. Consciente do seu destino, ter-se-á limitado a dizer: vamos. Entretanto, as Forças armadas da Guiné-Bissau apresentaram esta sexta-feira um autointitulado Comando Militar através do qual justificam a intervenção armada como tendo sido feita em defesa da instituição contra uma alegada agressão externa, revela a agência Lusa. Em comunicado, o Comando Militar diz que não ambiciona o poder, mas alega ter sido forçado a agir para defender as Forças armadas guineenses de uma suposta agressão que seria conduzida pelas Forças armadas de angola no âmbito da União africana. E assegura ter na sua posse um documento secreto que teria sido elaborado pelo Governo de Bissau mandatando as forças angolanas, ao abrigo da União africana, para atacarem os militares guineenses.