O evento central da fé do discípulo de Jesus é a Páscoa. Da experiência do túmulo vazio nasce a fé na ressurreição da vida. a vida vence a morte
O evento central da fé do discípulo de Jesus é a Páscoa. Da experiência do túmulo vazio nasce a fé na ressurreição da vida. a vida vence a morte
a manhã começa bem cedo. ainda escuro. algumas mulheres vão ao túmulo para completar os rituais da sepultura que não tinham podido realizar antes, dado que aqueles eram dias especiais para os judeus. De repente, a ida ao túmulo transforma-se em tragédia. Já tristes e desorientadas com a morte de Jesus, tudo piora quando verificam que nem o corpo de Jesus está onde deveria estar. O túmulo está vazio… Correrias…começam então as correrias. a primeira é a das mulheres que vão avisar os discípulos, que naqueles dias andavam muito desorientados, de que o corpo de Jesus já não estava no sepulcro. a esta sucede-se outra corrida: a de Pedro e de um outro discípulo, que correm ao sepulcro para ver que loucura era aquela que as mulheres estavam a dizer. ao chegarem ao local, verificam que afinal as mulheres tinham razão. O corpo de Jesus não está lá. Porém, as ligaduras que envolveram o seu corpo lá estavam, no chão. Coisa estranha! Eis que o mistério da Páscoa está anunciado! a correria daquela manhã representa o verdadeiro sentido da ressurreição de Jesus. É a experiência de ir a um sepulcro que se descobre vazio. Todo o discípulo de Jesus é chamado a esta experiência única. aquele local é agora sinal certo de que vive e continua presente entre nós.
Dias antes Os três dias que antecedem a Páscoa são muito carregados de significado para a caminhada de fé dos discípulos de Jesus. São essenciais para entender o verdadeiro sentido da Páscoa de Jesus. Tudo parte daquela que foi a Última Ceia. Nesse momento, Jesus oferece o verdadeiro alimento aos discípulos: o seu próprio corpo e sangue. Mas a Eucaristia não é só alimento, é também compromisso com o próximo, é ter coragem de se levantar da mesa e ir lavar os pés dos outros. Não é um lavar os próprios pés, não se trata de um ato de purificação, como Pedro quis entender. É ato de serviço. Significa que a Eucaristia é compromisso com o serviço ao próximo. Seguem-se horas dolorosas para Jesus. após uma vida gasta em serviço, entende que as vicissitudes o levarão à cruz, sente a dor, ora para que, se possível, o Pai o afaste daquele cálice, daquela dor. Porém, coloca-se nas mãos do Pai para levar até ao fim a sua entrega. a entrega total acontece na cruz, onde a humanidade ridiculariza o Filho de Deus. Na cruz segue-se uma das grandes tentações de Jesus, perante os insultos dos passantes, que o convidam a saltar da cruz, salvou o outros, porque não se salva a si mesmo. Teria sido difícil a Jesus saltar da cruz? Não creio! afinal, fizera surdos ouvir, cegos ver, coxos andar, mortos reviver… Porém da fidelidade ao projeto do Pai surge a maior das victórias: a ressurreição. Eis que, o último inimigo do ser humano, a morte, foi vencida. De agora em diante, quem acreditar em Jesus terá uma recompensa: a ressurreição da vida. Os discípulos perante o sepulcro O evangelho de João proposto nesta Páscoa (Jo 20,1-9), confronta duas atitudes de discípulo perante o evento do túmulo vazio: de um lado temos Pedro; do outro um discípulo não identificado. Pedro entra primeiro e não entende; o outro discípulo entra por último: vê e acredita. É a figura do discípulo ideal, aquele que vê e crê, aquele que entende a lógica de Jesus. Pedro, continua sem entender como é que a cruz possa ter sido o meio escolhido, pois a cruz é sinal de derrota, de fracasso. a fidelidade de Jesus ao projeto de amor do Pai oferece agora ao discípulo a vida. a vida com V maiúsculo. agora a morte não tem a última palavra, mas a vida leva a melhor sobre a morte. Feliz Páscoa e boa experiência do túmulo vazio!