No Níger, a crise alimentar pode tornar-se uma emergência humanitária. Seca, chuvas irregulares, alimentos muito caros, pobreza crónica e conflitos regionais são os motivos da crise no Sahel, além da falta de financiamentoNo Níger, a crise alimentar pode tornar-se uma emergência humanitária. Seca, chuvas irregulares, alimentos muito caros, pobreza crónica e conflitos regionais são os motivos da crise no Sahel, além da falta de financiamentoatualmente, 1,9 milhões de pessoas estão numa situação crítica no Níger mas em abril este número poderá subir para 3,5 milhões caso a ajuda não chegue rapidamente. No total, mais de seis milhões de pessoas necessitam de assistência com urgência para evitar a fome. Em algumas zonas do país, 100 por cento das famílias estão a diminuir as quantidades alimentares e já só fazem uma refeição por dia. Tudo aponta para que haja uma «catástrofe iminente se não se agir rapidamente. Numa fase inicial, as Nações Unidas consideraram serem necessários 229 milhões de dólares. alguns países, em particular a União Europeia, já prestaram uma ajuda financeira «rápida e generosa à região. Mas é necessário mais para enfrentar a crise no Sahel, indica a Oxfam, organização internacional que faz um apelo no valor de 15 milhões para ajudar 450 mil pessoas. No Níger, os alimentos de base estão 34 por cento mais caros do que no ano passado e acima da média dos últimos cinco anos. Nas zonas mais afetadas, um terço da população está endividada devido às crises de 2005 e 2010. Muitas crianças foram obrigadas a deixar a escola devido às dificuldades das suas famílias ou mesmo a procurar trabalho para ajudar nas despesas.