Observadores da União Europeia apontam para o registo eleitoral «pouco transparente e recheado de erros» e para as irregularidades e fraudes constatadas durante a votação
Observadores da União Europeia apontam para o registo eleitoral «pouco transparente e recheado de erros» e para as irregularidades e fraudes constatadas durante a votaçãoO relatório final da missão de observadores eleitorais da União Europeia é muito crítico em relação às eleições na República Democrática do Congo que decorreram a 28 de novembro de 2011. Os resultados «não são credíveis, revela o documento publicado ontem. as Nações Unidas, observadores independentes e membros da sociedade civil manifestaram pareceres semelhantes, refere a agência Misna. Os observadores da União Europeia apontam primeiramente para o registo eleitoral «pouco transparente e recheado de erros, mas também para as muitas irregularidades e fraudes constatadas durante a votação. Os resultados são, segundo a União Europeia, surpreendentes, nomeadamente em algumas províncias onde foram registadas grandes disparidades. Por exemplo em Bandundu, a oeste, o presidente Joseph Kabila obteve perto de 40 por cento, em 2006, e 73,4 por cento em 2011. Cerca de 3,2 milhões de congoleses puderam votar apresentando apenas o cartão de eleitor. No documento, o órgão fornece 22 recomendações para garantir a transparência e credibilidade nas próximas eleições provinciais e locais. Entre outras coisas, sugere a criação de um Tribunal Constitucional. a União Europeia denuncia ainda o comportamento das forças da ordem e de algumas autoridades locais, responsáveis por violências e violações durante o processo eleitoral que permanecem impunes.