Em duas filas, lado a lado, mais de três dezenas de crianças, seguiam pela picada da missão do Guiúa, Inhambane. Cantavam cantigas que já aprenderam na escolinha
Em duas filas, lado a lado, mais de três dezenas de crianças, seguiam pela picada da missão do Guiúa, Inhambane. Cantavam cantigas que já aprenderam na escolinhaO programa do dia era a ida ao Parque Infantil, ali bem pertinho da missão do Guiúa. Uma grande novidade, para quem vive no mato e nunca teve a oportunidade de contactar com este tipo de equipamento recreativo. as instalações do Fundo de Investimento e Património de abastecimento de Água (FIPaG), a empresa que gere a elevação e tratamento das águas. Um destes dias, passando junto deste espaço, descobri um parque infantil adormecido, onde só os guardas passam, distraídos, varrendo folhas esquecidas. Surgiu então a iniciativa de contactar a FIPaG e solicitar uma visita das crianças da escolinha da missão ao espaço. Em pouco tempo chegou a resposta positiva. Marcada a data, organizou-se o passeio. Logo pela manhã, as 32 crianças perfilaram-se agarrando nas batinhas umas das outras e começaram já aí a festa. À chegada ao parque infantil da FIPaG, a primeira reação das crianças foi de espanto. Pararam a olhar para os baloiços e o balancé, com olhos de espanto de quem nunca tinha vista coisa assim. Pouco a pouco, começaram a aproximar-se curiosas, umas mais afoitas do que outras, querendo saber como é. a maior parte nunca tinha andado de baloiço. aos poucos foram ganhando confiança, aprendendo a olhar o mundo de outra maneira do alto do seu balancé ou na viagem do baloiço. Enquanto umas observavam, outras já se empurravam a tentar ganhar a sua vez. O balancé chegou a ter lotação esgotada. O tempo passou a voar e pareceu curto quando chegou a hora de regressar a casa. À FIPaG já chegou novo pedido para usar uma vez por mês o seu parque infantil. Uma parceria a alimentar, um dia bom a repetir.