Milhares de pessoas vivem amontoadas num pequeno espaço sem as mí­nimas condições de segurança e higiene
Milhares de pessoas vivem amontoadas num pequeno espaço sem as mí­nimas condições de segurança e higieneO desespero tomou conta das mais de 14 mil pessoas que ficaram sem casa depois de um depósito de armamento ter explodido, no passado dia 4, na parte oriental da cidade de Brazzaville, capital da República do Congo. Muitas não têm sequer um plástico para construir um abrigo que as proteja do Sol. «Estou aqui desde segunda-feira [dia 12], debaixo do sol, sem um lugar para ficar na parte coberta do mercado. Nem posso cozinhar, queixou-se Chantal, 43 anos, mãe de cinco crianças, à equipa do alto Comissariado da ONU para os Refugiados enviada para o terreno para apoiar os deslocados. No mercado de Nkombo, as barracas transformaram-se em camas e os corredores foram cobertos por colchões, baldes de plástico e esteiras. Várias organizações de ajuda humanitária estão a distribuir kits de emergência às 2000 pessoas que se concentraram naquele espaço. a maioria perdeu tudo com a explosão, que fez mais de 200 vítimas mortais, segundo a agência da ONU para os Refugiados (aCNUR). a equipa da aCNUR está a assegurar a administração dos locais onde se juntaram as famílias sem abrigo e a proceder ao registo dos deslocados internos. «É extremamente importante identificar as pessoas mais vulneráveis e providenciar a assistência necessária, referiu Paul Ndaitouroum, representante do aCNUR em Brazzaville.