Conflito no norte do país agravou uma situação já «comprometida» pela seca, afirma o arcebispo de Bamako. «Toda a mudança deve ser feita através da democracia e não através das armas», lembra
Conflito no norte do país agravou uma situação já «comprometida» pela seca, afirma o arcebispo de Bamako. «Toda a mudança deve ser feita através da democracia e não através das armas», lembra a situação humanitária no Mali já era grave devido à seca e à consequente crise alimentar, antes do recrudescimento dos conflitos em meados de janeiro, lembra Jean Zerbo, arcebispo de Bamako, capital do Mali. Confrontos entre rebeldes tuaregues do Movimento Nacional pela Liberação de l’azawad (MNLa) e forças do governo já obrigaram 130 mil cidadãos a deslocar-se dentro e fora do país. Níger, Burkina-faso e Mauritânia acolheram milhares de pessoas do Mali nas últimas semanas. «Numa situação já crítica explodiu novamente o conflito no norte, que tem causas distantes no tempo, mas que hoje tem aspetos muito complexos porque ao lado das reivindicações por autonomia ou independência da região, foram acrescentados o tráfico de drogas e pessoas que são difíceis de controlar, explica. «Fizemos um apelo à Caritas Internacional para nos ajudar, como Igreja no Mali, no apoio aos pobres, para colocar em prática o Evangelho dando alimento aos famintos, bebida ao sedento, e curando os que precisam de assistência médica, acrescenta o arcebispo de Bamako, citado pela agência Fides. aponta ainda para outros campos de ação da Igreja local: «Em primeiro lugar, a Igreja compromete-se em fornecer uma informação correta e verdadeira sobre o que acontece no nosso país. as pessoas devem ser informadas não desinformadas, sem minimizar ou exagerar a situação. Em segundo lugar, a Igreja reza pela paz nesta área. Por isto, pedimos que todos os domingos, em todas as Igrejas do país, se reze a oração de São Francisco. Em terceiro lugar, a Igreja está comprometida com todos os debates a fim de resolver através do diálogo o conflito e preservar a unidade nacional. O arcebispo recorda que «toda a mudança deve ser feita através da democracia e não através das armas.