Os acontecimentos ligados à morte de João Paulo II foram vividos com intensidade no Quénia. Os sinais são muitos e alguns deles muito expressivos.
Os acontecimentos ligados à morte de João Paulo II foram vividos com intensidade no Quénia. Os sinais são muitos e alguns deles muito expressivos. a morte do Sumo Pontífice tocou de perto o mundo inteiro e, de um modo particular, o Quénia, país que o Santo Padre visitou três vezes. Este é no entanto um país onde a Igreja Católica, por assim dizer, ainda está na adolescência.

Quando aqui cheguei há 27 anos era comum ouvir não católicos afirmarem que o Papa era o anti-Cristo de que falam as Escrituras. João Paulo II trouxe respeitabilidade para com a Igreja Católica e agora todos o aclamam. Vejamos só dois exemplos:

1. Uma delegação de onze chefes muçulmanos visitou a Nunciatura apostólica, em Nairobi, onde assinaram o livro de condolências e apresentaram uma mensagem de louvor ao Papa pela sua humanidade, respeito pelas culturas e tradições de cada povo, e carinho para com todos indistintamente. Ele afrontou desafios ” diz a mensagem ” que ninguém antes dele afrontara, sempre pronto a compreender melhor e agir correctamente.

2. Outro exemplo vem-nos da professora Wangari Maathai, prémio Nóbel da Paz de 2004, que, juntamente com o arcebispo católico Rafael Ndingi plantou cinco árvores indígenas no parque da liberdade (Uhuru Park), local onde João Paulo II celebrou, por duas vezes, missa campal. Uma dessas árvores é a oliveira africana (olea africana), em especial memória do Papa da paz.

João Paulo II foi, sem exageração, o missionário que mais impacto teve sobre este país desde 1498, data em que Vasco da Gama tocou terra queniana. Descanse em paz!

tobias. oliveira@fatimamissionaria.pt