amnistia Internacional acusa o país da liberdade, igualdade e fraternidade de permitir abusos das autoridades policiais contra suspeitos de origem africana ou árabe. a violência gera violência.
amnistia Internacional acusa o país da liberdade, igualdade e fraternidade de permitir abusos das autoridades policiais contra suspeitos de origem africana ou árabe. a violência gera violência. Os ministros do governo francês, juízes e oficiais da polícia permitem aos membros da polícia o uso excessivo da força, por vezes mortal, contra suspeitos de origem africana ou árabe, sem receio das consequências. a denúncia é da amnistia Internacional (aI), organização de defesa dos direitos humanos.

No relatório França: a busca da justiça, através de 10 anos de casos documentados, a aI revelou provas de falhas do sistema judicial para julgar e punir violações dos direitos humanos.

Os casos relatam uma justiça a “duas velocidades”: a justiça dos casos denunciados pela polícia, que são julgados rapidamente, e a dos casos denunciados pelas próprias vítimas.como os casos de Youssef Khaí¯f, morto pela polícia, e de aí¯ssa Ihich, morta enquanto se encontrava sob custódia policial. ambos demoraram 10 anos a chegar aos tribunais.

Este modelo de impunidade contribui para a falta de confiança na actuação das forças policiais, dentro dos limites da lei e de uma forma responsável. a aI revelou que muitos casos nunca chegam aos tribunais ou, quando chegam, raramente se concluem em condenações.

“Na nossa opinião há uma impunidade real a favor dos polícias que violam os direitos humanos. Identificámos o falhanço geral do sistema judicial para julgar e punir violações dos direitos humanos nos assuntos da lei,” disse Nicola Duckworth, membro da aI. as queixas sobre o modo de actuar da polícia aumentaram 18,5 por cento em 2004.

a organização internacional apela às autoridades francesas para que criem um mecanismo independente, que investigue todas as alegações de violações sérias dos direitos humanos. Uma investigação imediata que leve os responsáveis à barra do tribunal e assegure que todos os detidos tenham acesso a um advogado desde o momento da detenção.

” a prevenção da tortura e dos maus-tratos é uma matéria de vontade Política,” disse Duckworth. “Tem de haver total responsabilidade por parte de todos os envolvidos, independentemente das suas posições hierárquicas”.