as próximas eleições presidenciais do Senegal vão realizar-se num clima de tensão mas há «um alarmismo excessivo» em relação à situação do país, garantem fontes locais
as próximas eleições presidenciais do Senegal vão realizar-se num clima de tensão mas há «um alarmismo excessivo» em relação à situação do país, garantem fontes locais a candidatura do presidente Wade, que termina o seu segundo mandato, às eleições presidenciais de 26 de fevereiro deu origem a vários protestos por todo o país. apesar da Constituição estabelecer um limite de dois mandatos, o mesmo defende-se dizendo que foi eleito pela primeira vez em 2000 e portanto antes da reforma constitucional de 2001 que determina esse limite. «Mesmo não subestimando a gravidade dos incidentes e a triste perda de vidas humanas, parece-nos que na imprensa europeia exista talvez um alarmismo excessivo sobre a situação do Senegal, garantem fontes locais, que se mantêm no anonimato por motivos de segurança. « a situação em Dakar é calma. Deve-se levar em consideração que no protesto de 31 de janeiro não participou um grande número de pessoas em relação ao tamanho da capital. Estamos a falar de 15 mil pessoas numa cidade que tem três milhões de habitantes, com um campus universitário de 40. 000 estudantes. Portanto, não se pode dizer que toda a população de Dakar tenha manifestado a sua raiva pela decisão da Corte Constitucional, explicam à agência Fides. acreditam contudo que as eleições se vão realizar num «clima tenso, o que já aconteceu em 2000. O quadro político aparece «muito dividido, lembram as fontes da Fides. a oposição apresentou 13 candidatos. Por outro lado, o presidente ainda é popular nas zonas rurais, que concentram metade da população. No partido presidencial também existem divisões. Quanto aos jovens verifica-se um sentimento contrário às instituições. Muitos desiludidos estão indecisos entre votar contra o presidente ou absterem-se. «Está em jogo a estabilidade das instituições de uma democracia africana que tem uma história exemplar para todo o continente. Por isso, trabalha-se ao nível internacional para garantir a máxima transparência eleitoral, acrescentam. Também a Igreja católica e as confrarias islâmicas agem a favor de uma realização pacífica das eleições.