Senegal não deve restringir a liberdade de expressão e de reunião na véspera das eleições presidenciais, apela a amnistia Internacional. Candidatura do presidente Wade é uma questão polémica no país africano
Senegal não deve restringir a liberdade de expressão e de reunião na véspera das eleições presidenciais, apela a amnistia Internacional. Candidatura do presidente Wade é uma questão polémica no país africanoO Senegal deve respeitar a liberdade de expressão e de reunião dos cidadãos, defendeu a organização internacional, hoje, 26 de janeiro, primeiro dia de proibição das manifestações no país africano. as autoridades interditaram protestos entre os dias 26 e 30 de janeiro, refere a organização (aI). amanhã, 27, o Conselho Constitucional vai pronunciar-se sobre a validade das candidaturas às eleições presidenciais. a oposição contesta o direito do presidente cessante, abdoulaye Wade, se candidatar pela terceira vez. as eleições estão marcadas para 26 de fevereiro. Num contexto pré-eleitoral tenso, em que o debate político deve ocorrer de uma forma livre, a decisão das autoridades é «particularmente inquietante, considera Salvatore Sagués, perito da aI para a região do oeste de África. a constitucionalidade da candidatura do presidente Wade, que termina o seu segundo mandato, suscitou intensos debates políticos e jurídicos no Senegal. Consequentes confrontos entre manifestantes e as autoridades já fizeram um morto e dezenas de feridos. O risco do Senegal se destabilizar é grande, adverte Salvatore Sagués, realçando: «É essencial para o futuro do país que as eleições de fevereiro decorreram sem violações dos direitos humanos. No relatório publicado hoje, a amnistia Internacional avalia a situação do país em relação aos direitos dos seres humanos. Chama a atenção para o recurso persistente à tortura por parte das forças de segurança e para a impunidade de que beneficiam os autores das violações