a guerra civil na República Democrática do Congo terminou oficialmente em 2003. algumas regiões, como os Kivus, continuam a verificar surtos de violência e deslocamento forçados em massa
a guerra civil na República Democrática do Congo terminou oficialmente em 2003. algumas regiões, como os Kivus, continuam a verificar surtos de violência e deslocamento forçados em massa a agência das Nações Unidas para os refugiados (aCNUR) manifesta preocupação com a recente onda de violência no leste da RD Congo que já obrigou mais de 100 mil pessoas a abandonar as suas casas desde novembro de 2011. No Kivu-Norte, cerca de 25 mil pessoas tiveram de se deslocar devido a conflitos entre grupos rivais em Walikale e Masisi. 22 pessoas foram assassinadas e várias mulheres foram violadas. ataques corridos na região de Kivu-Sul obrigaram à deslocação de 70 mil pessoas desde novembro. Cerca de 4. 400 civis fugiram da violência nas duas últimas semanas; muitos dirigiram-se para as províncias vizinhas de Maniema e Katanga. «O aCNUR está muito preocupado com as consequências da violação dos direitos dos civis durante os conflitos, afirma Stefano Severe, representante regional do aCNUR. «até ao momento, as pessoas permanecem deslocadas dentro do país, mas há o risco de que elas cruzem as fronteiras se a situação piorar, adverte. Os capacetes azuis das Nações Unidas e os funcionários das agências da organização constatam a existência de localidades vazias e incendiadas, e centros de saúde saqueados. Muitos deslocados estão a viver com famílias de acolhimento, em acampamentos sobrelotados e em escolas. alguns garantem que perderam o acesso aos seus bens e dizem-se vítimas de trabalho forçado, assédio e violência. O deslocamento forçado devido à violência não é novidade na RD Congo. antes destes últimos ataques, o país já contava com cerca de 1. 1 milhão de pessoas deslocadas, devido a vários anos de confrontos nos Kivus. a guerra civil no país africano terminou oficialmente em 2003. Mas algumas regiões, nomeadamente o leste, continuam a verificar ondas de violência.