Pelo menos nove pessoas morreram em mais um ataque contra cristãos, numa cidade do norte da Nigéria maioritariamente muçulmana. Os ataques são reivindicados pelo grupo fundamentalista islâmico Boko Haram
Pelo menos nove pessoas morreram em mais um ataque contra cristãos, numa cidade do norte da Nigéria maioritariamente muçulmana. Os ataques são reivindicados pelo grupo fundamentalista islâmico Boko HaramEstamos a percorrer a cidade para inspecionar. Por enquanto, temos nove mortos e 12 feridos, informou um líder da etnia sayawa, Bukata Zhyadi. O ataque deu-se às 2h locais, na cidade de Tafawa Balewa, na província de Bauchi, onde a maioria da população é muçulmana. Já no sábado, foram transferidos para a morgue de Kano, a segunda maior cidade da Nigéria, pelo menos 162 corpos. Pelas ruas da cidade viam-se cadáveres abandonados, um dia depois de uma série inacreditável de ataques reivindicados pelo grupo islâmico Boko Haram. Os principais jornais da Nigéria noticiaram domingo, 22 de janeiro, que serão 215 os mortos na sequência dos atentados. Os dados são calculados em base visitas efetuadas pelos jornalistas às morgues dos principais hospitais de Kano. Há inúmeras pessoas gravemente feridas nos hospitais visitados. O governo da região já ordenou o recolher obrigatório de 24 horas. a medida está em vigor entre as 19 e as 6 horas locais. agentes armados das forças de segurança estacionados nas ruas da cidade após os ataques vigiam os pontos estratégicos. a maioria dos atentados, realizados com explosivos e armas leves, ocorreu no bairro de Bombai, junto às esquadras da polícia e onde reside o subcomissário de polícia, principais alvos dos terroristas. Boko Haram, que significa educação não islâmica é pecado, nas línguas locais, luta para instaurar a lei islâmica, chária, no norte da Nigéria, de maioria muçulmana, enquanto o sul do país é predominantemente cristão. O grupo fundamentalista admitiu em várias ocasiões a sua ligação à rede terrorista al Qaeda, tendo assumido a autoria do atentado contra a sede das Nações Unidas, em abuja, em agosto do ano passado. Os últimos ataques foram uma resposta à recusa das autoridades federais em libertar alguns dos seus membros detidos.com mais de 150 milhões de habitantes e mais de 200 grupos tribais, a Nigéria é o país mais populoso da África, e regista múltiplas tensões pelas suas diferenças políticas, religiosas e territoriais.