Nos arredores de Nazaré, na Terra Santa, um encontro juntou líderes cristãos, drusos, islâmicos, hebreus e bahai com uma delegação de bispos americanos e europeus. Está em curso a sua visita anual à Palestina, até 12 de janeiroNos arredores de Nazaré, na Terra Santa, um encontro juntou líderes cristãos, drusos, islâmicos, hebreus e bahai com uma delegação de bispos americanos e europeus. Está em curso a sua visita anual à Palestina, até 12 de janeiroOs cristãos não devem permanecer aqui [na Terra Santa] só porque têm a terra, que até estamos a perder, assim como a autoridade. aquilo que nos resta é a responsabilidade histórica de introduzir na vida desta Terra palavras e testemunhos de reconciliação, condivisão e perdão, afirmou o arcebispo melquita de Haifa, Elias Chacour. O prelado greco-católico comentava assim o encontro em Ibillin, nos arredores de Nazaré, com a delegação episcopal de Coordenação da Terra Santa, dos bispos americanos e europeus. Queremos dialogar para ser um sinal de unidade e convivência. apesar da falta de paz nesta terra, estamos convencidos que as religiões podem ser parte da solução e não uma das causas do longo conflito, explicou o prelado de Haifa, cidade do norte de Israel, com uma população de mais de 268 mil, construída nas encostas do Monte Carmelo. O arcebispo melquita lançou uma exortação, que já repetira ao presidente israelita Shimon Peres: Não descuidar os cristãos que são tolerados, mas não aceites como o são os hebreus. O arcebispo Elias Chacour mostrou-se preocupado com a criação de um estado hebraico para hebreus, como também com o muro de separação e com a faixa de Gaza. Não haverá nunca paz em Israel sem justiça para os vizinhos, para Gaza, para os palestinianos. O prelado quis concluir a sua refelxão com uma visão de esperança: Queremos projetar-nos para um futuro melhor, como testemunha Haifa, cidade de famílias, onde cristãos, muçulmanos e drusos vivem como cidadãos, com os mesmos direitos e deveres. Haifa é um exemplo que não tem comparação em Israel. Não vivemos numa cidade de anjos, é preciso dizê-lo, pelo que também acontece que, nas aldeias vizinhas, posam acontecer altos e baixos nas relações, particularmente entre cristãos e drusos, mas são exceções que confirmam a regra da convivência. Esperamos que também Jerusalém e Tel aviv possam tornar-se como Haifa.