«Natal é epifania: a manifestação de Deus e da sua grande luz num menino que nasceu para nós», afirmou o Papa na Missa do galo
«Natal é epifania: a manifestação de Deus e da sua grande luz num menino que nasceu para nós», afirmou o Papa na Missa do galo«Hoje, o Natal tornou-se uma festa dos negócios, cujo fulgor ofuscante esconde o mistério da humildade de Deus, criticou Bento XVI. Na homilia da Eucaristia do nascimento de Jesus, o Pontífice defendeu que é necessário «alongar o olhar para além das fachadas lampejantes deste tempo a fim de podermos encontrar o menino no estábulo de Belém e, assim, descobrimos a autêntica alegria e a verdadeira luz.

Na celebração, que foi retransmitida pela televisão em diversos países, o Santo Padre convidou os fiéis a «devemos descer do cavalo da nossa razão iluminada, para encontrar o Deus menino que nasceu pobre e numa manjedoura. «Devemos depor as nossas falsas certezas, a nossa soberba intelectual, que nos impede de perceber a proximidade de Deus e seguir o caminho apontado por Francisco de assis, salientou o bispo de Roma. «Devemos inclinar-nos, caminhar espiritualmente por assim dizer a pé, para podermos entrar pelo portal da fé e encontrar o Deus que é diverso dos nossos preconceitos e das nossas opiniões, realçou.

Bento XVI rezou por «aqueles que são obrigados a viver o Natal na pobreza, no sofrimento, na condição de emigrante. O Papa lembrou ainda que a violência ameaça «em tantos lugares e de muitos modos e desafiou os cristãos a serem «artífices de paz. Disse o Pontífice: «amamos o vosso ser menino, a vossa não-violência, mas sofremos pelo facto de perdurar no mundo a violência.