ao redor do monumento construído em homenagem de Mohammad Bouazizi, em Sidi Bouzid, milhares de tunisinos celebram o primeiro aniversário da revolução democrática da Tunísia, no lugar onde tudo começouao redor do monumento construído em homenagem de Mohammad Bouazizi, em Sidi Bouzid, milhares de tunisinos celebram o primeiro aniversário da revolução democrática da Tunísia, no lugar onde tudo começou a onda de revolta popular que transformou o mundo árabe foi celebrada, em clima festivo, em Sidi Bouzid. Os tunisinos lembraram que a mudança democrática, na Tunísia, ainda tem de atacar a pobreza e o desemprego elevado, questões que os preocupam. O detonador da Primavera Árabe foi um jovem desempregado de Sidi Bouzid, que lançou fogo sobre si mesmo, depois da polícia ter confiscado o seu carrinho de vendedor ambulante de frutas e vegetais não licenciado. a morte de Mohamed Bouazizi despertou a fúria contra a pobreza, o desemprego, a corrupção e a repressão. Os protestos alargaram-se a toda a Tunísia, forçando o presidente Zine al-abidine Ben ali a fugir do país, menos de um mês depois dos acontecimentos.
a revolução na Tunísia alastrou a outros países árabes, que se rebelaram contra governantes autoritários, como o Egipto e a Líbia. Já o líder do Iémen afastou-se do poder para possibilitar uma transição reformista, enquanto o presidente da Síria enfrenta uma revolta interminável. as milhares de pessoas reunidas em Sidi Bouzid, na praça central, dançaram ao ritmo de canções populares, apesar do tempo frio, e agitaram bandeiras e fotografias de tunisinos mortos nos protestos das ruas. a cerimónia ocorreu com a presença do novo presidente e seu primeiro-ministro, que inauguraram uma estátua gigante de Bouazizi, tido como herói nacional deste país do norte da África. É um dia de alegria. Sidi Bouzid sofria há muito tempo com a negligência e hoje tornou-se a capital do mundo, afirmou um jovem que dançava. Em 17 de Dezembro de 2010, o mundo árabe iniciou uma nova página da história, e isso é realmente um motivo de orgulho.
as comemorações devem seguir por todo o fim-de-semana, com a presença de figuras de destaque internacional, como o Prémio Nobel da Paz, Tawakkol Karman. a mãe de Mohammed, Manoubia Bouazizi, expressou uma preocupação, comum a muitas pessoas, pedindo que as autoridades tunisinas aproveitem a revolução para proporcionar melhor qualidade de vida à população, principalmente aos jovens. [Meu filho] queimou-se pela concessão de liberdade à Tunísia e ao mundo árabe. Peço que o governo preste atenção às áreas pobres e crie empregos para os jovens.