Missionários a trabalhar na RD Congo mostram preocupação com a campanha eleitoral que consideram «inconsistente» e que pode «causar revoltas» depois das eleições
Missionários a trabalhar na RD Congo mostram preocupação com a campanha eleitoral que consideram «inconsistente» e que pode «causar revoltas» depois das eleições«Fazendo uma primeira avaliação da campanha eleitoral em andamento, vê-se claramente que os políticos estão a fazer uma campanha sem consistência, alerta a Rede de missionários, Paz no Congo, referindo-se às eleições presidenciais e legislativas, programadas para o dia 28 de Novembro. «É um facto inegável que esta campanha eleitoral já começou num clima de alta tensão e intolerância política. Vemos provocações, injúrias contra um ou outro candidato, polémicas estéreis e slogans inúteis, acrescenta, segundo a agência Fides.
Laurent Monsengwo Pasinya, arcebispo de Kinshasa, já condenou o clima que se verifica na RD Congo, em pleno período pré-eleitoral. Resultados publicados pelo CENI (Comissão Eleitoral Independente) indicam que os grandes adversários do presidente Joseph Kabila são Vital Kamerhe e Etienne Tshisekedi. a reeleição do actual líder é tida como provável por vários opositores. Porém, «existe um forte risco de que, depois das eleições, ecludam desordens não somente em Kinshasa, mas também em outras províncias, considera a rede Paz no Congo. «Seria uma grave irresponsabilidade da oposição se decidisse fomentar o ódio com o único fim de desacreditar Joseph Kabila aos olhos da população e no exterior, acrescenta.

Nessa situação, o país sairia perdedor. Perante uma revolta, encontrar-se-ia com um «presidente incapaz de constituir um governo eficaz, impossibilitado de continuar a reconstrução do país, já muito lenta, e incapaz de manter a sua unidade, e sem forças de segurança de confiança. Este é o receio manifestado pelos missionários que trabalham na RD Congo e que accionam a Rede, numa nota enviada à Fides.