a forte discriminação social, sentida na Guatemala, leva à reabertura de um tribunal para denunciar casos de discriminação e racismo.
a forte discriminação social, sentida na Guatemala, leva à reabertura de um tribunal para denunciar casos de discriminação e racismo. a “Corte de Consciência Contra o Racismo e a Discriminação”, da Guatemala, recomeçou as suas actividades. é um órgão de consulta, criado em 2002, que pouco depois suspendeu a sua actividade por falta de fundos.

Cinco organizações indígenas, entre elas a associação Política das Mulheres Maias, chegaram a acordo, quanto à necessidade de reabrir o tribunal especial. a sua função é “promover resoluções e recomendações de natureza ética e Política, baseadas nos princípios de independência, objectividade e justiça”. Segundo Juana Batzibal, líder da comissão consultiva maia, “desta maneira existe um espaço concreto para denunciar as perseguições que o povo maia sofreu historicamente. ”

a discriminação contra os nativos na Guatemala, onde os Índios são mais de metade da população e são considerados cidadãos inferiores, está bem enraizada. Batizabal encontra uma prova disso na grande incidência de pobreza, analfabetismo, má nutrição, marginalização Política e cultural da população autóctone.

O tribunal de consciência foi criado há dois anos, depois de um caso de racismo denunciado pelo antropólogo indígena Irmalici Velásquez Nimatuji. Este foi impedido de entrar num restaurante da capital por estar vestido com o traje tradicional maia.
até então os crimes de discriminação não eram contemplados na lei nacional. actualmente, a lei prevê dois a seis anos de prisão para os prevaricadores. apesar das numerosas denúncias, só uma chegou a tribunal até ao momento. Trata-se de insultos de simpatizantes da Frente Republicana da Guatemala, contra a vencedora do prémio Nóbel da Paz, Rigoberta Menchú, durante a campanha eleitoral de 2003.