Em tempo de crise, os bispos portugueses aprovaram uma mensagem em que mostram a sua proximidade, em particular com os mais desfavorecidos
Em tempo de crise, os bispos portugueses aprovaram uma mensagem em que mostram a sua proximidade, em particular com os mais desfavorecidosNo documento, os bispos desafiam os portugueses a aproveitar «este momento, que não desejávamos, para aprofundar valores que não deveríamos esquecer nunca, pois são a própria base duma sociedade justa e saudável. Lembrando que as crises «sempre puseram em questão a convivência, o presidente da Conferência Episcopal sublinha que os bispos gostariam que «se avançasse em respeito pela democracia e pelo bem comum. No entanto, «as crises não anulam a democracia, salienta. Mas «puseram sempre em questão a convivência. E a democracia «está ameaçada há muito tempo, e «se não fizermos algo para melhorar a convivência democrática, ela «estará sempre ameaçada. O texto curto, de uma página, pretende recordar princípios da Doutrina Social da Igreja como a dignidade da pessoa humana, princípio e fim de toda a sociedade, a valorização do bem comum, a prática do princípio da subsariedade e a vivência da solidariedade fraterna.

Neste tempo de crise, a Igreja quer continuar a ser «um lugar de acolhimento e de «partilha porque «a Igreja não tem dinheiro, salienta José Policarpo. além disso – assinala o patriarca – a nossa força é a «força da partilha, do altruísmo, da caridade. O cardeal assinalou que o país real «não rejeita medidas de crise e mantém a convicção que «vamos ser capazes de dar a volta à crise.

a nota pretende transmitir uma palavra de esperança aos portugueses. « a nossa solidariedade activa, como é exercida diariamente pelas instituições sociais católicas, com todas as possibilidades que tivermos e em franca colaboração com tudo o que se faça na sociedade em prol de um bem que tem de ser verdadeiramente comum e não deixe ninguém em condições desumanas, esclarecem.

O presidente da CEP espera que esta crise traga «em termos de civilização, qualquer coisa de novo, nomeadamente na «relação com a política, com a economia, por exemplo. «as crises são portadoras de criatividade, rematou José Policarpo. a Igreja – acrescentou – considera que é preciso vencer a crise actual dentro do sistema em que vivemos (neoliberal) «independentemente de estarmos ou não de acordo. Porque «foi dentro do sistema que beneficiámos de crescimento de bem-estar e benesses.