amnistia Internacional denuncia que as autoridades negaram água a prisioneiros políticos em greve de fome, na Birmânia. Trata-se de uma represália ao protesto dos detidos
amnistia Internacional denuncia que as autoridades negaram água a prisioneiros políticos em greve de fome, na Birmânia. Trata-se de uma represália ao protesto dos detidosPelo menos 15 prisioneiros políticos em greve de fome foram castigados pelas autoridades da Birmânia (Myanmar), tendo-lhes sido recusada água, há já uma semana. a amnistia Internacional apresenta o facto como uma represália ao protesto dos prisioneiros políticos. Negar água como castigo por participarem numa greve de fome fará com que as autoridades sejam responsabilizadas se algum dos prisioneiros morrer de desidratação”, indica uma nota da organização não governamental.

Oito dos 15 prisioneiros foram confinados em celas sem janelas, com três por dois metros quadrados, conhecidas por casotas, na prisão de Insein, perto de Rangoon. Nesta prisão, está detida a maioria dos cerca de 2. 000 prisioneiros políticos do país. a greve de fome começou a 26 de Outubro em forma de protesto contra a amnistia concedida pela Birmânia, em que o governo decidiu colocar em liberdade 6. 359 presos, dos quais apenas 227 cumpriam pena de prisão por motivos políticos.

Na semana passada, o ministro do Trabalho, aung Gyi, indicou que o executivo está disposto a libertar mais prisioneiros políticos no futuro, mas a amnistia será concedida de forma gradual. a líder da oposição e Nóbel da Paz, aung San Suu Kyi, qualificou de frustrante o reduzido número de presos políticos que receberam a amnistia em princípios de Outubro.