O imposto permitiria que os que «mais ganharam com a globalização ajudem os que menos benefí­cio obtêm com ela», defende o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento
O imposto permitiria que os que «mais ganharam com a globalização ajudem os que menos benefí­cio obtêm com ela», defende o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimentoas Nações Unidas defendem a criação «urgente de um imposto sobre o comércio internacional de divisas para ajudar a combater a pobreza extrema e as alterações climáticas. «Estima-se que a aplicação de um imposto de apenas 0,005% ao comércio internacional de divisas poderia conseguir 40 mil milhões de dólares adicionais em cada ano. Isso melhoraria significativamente o fluxo de ajuda dirigida aos países mais pobres, que ascendeu a 130 mil milhões de dólares em 2010, num momento em que o financiamento ao desenvolvimento abranda devido à crise mundial, indica o relatório do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento, citado pela Rádio Vaticano.

O imposto permitiria que os que «mais ganharam com a globalização ajudem os que menos benefício obtêm com ela, defende a agência onusina, lembrando que todos os anos são necessários 105 mil milhões de dólares (perto de 77 mil milhões de euros) para a adaptação às alterações climáticas, em particular na Ásia Meridional e na África Subsaariana. O estudo, divulgado em Copenhaga, adverte que a questão climática pode influenciar consideravelmente os avanços conseguidos pelos países mais pobres, até meados do século, se não forem tomadas «medidas audaciosas.
O relatório inclui um Índice de Desenvolvimento Humano sobre 187 nações, cujos resultados foram divulgados ontem. a Noruega, austrália e Holanda são os países que verificam mais progressos na saúde, educação e rendimento, enquanto a RD Congo, o Níger e o Burundi apresentam os piores índices de desenvolvimento humano.